Não sei!

Eu que me julgo tão corajosa sem medos... Amarelei na realização de um sonho. Desde de muito pequena tinha o sonho de fazer caridade. Eu achava um máximo passar o domingo no asilo. E fui crescendo já tive a maravilhosa oportunidade de me vestir de palhaça para os meninos do Patronato e para as crianças do Pe. Geraldo, já fiz inúmeras  visitas ao asilo. E já ajudei aos mendigos de rua. Os mendigos têm ótimas histórias para contar. Tinha o Frank eu adorava conversar com ele uma vez passei onde ele dormia q era caminho da escola e cumprimentei fiquei lá conversando quando cheguei na escola percebi que minha mão estava cheirando mal. O Frank fazia xixi durante a noite para se esquentar do frio. Essa semana na quarta-feira não tive aula, e tive que ir a igreja, passei onde os mendigos estavam como na segunda-feira eu havia dividido meu doce com eles e tinha batido um papo. Resolvi parar e ouví-los moral arrumei um namorado (ashuahsuahus) o baiano sismou que vai me namorar, que vai me levar pra Bahia. [FUGI] Enfim eu faço essas coisas de coração, porque eu realmente gosto de fazer caridade. Independente de me sujar ou não, de olharem pra mim ou não. Não faço pela opinião dos outros. Faço porque eu acho uma das piores coisas o homem rejeitar o homem. Ainda falava no twitter que o que mais me entristece no capitalismo não é a inversão dos valores, mas sim a inferiorização das pessoas. Não acho correto fechar os meus olhos para a miséria. [Nem você deveria fechar seus olhos para a miséria]. Mas chegando ao que realmente quero contar é que sexta-feira eu fui ao hospital perguntar como fazia para ser voluntária. Quando cheguei pra perguntar fui perdendo a coragem, mas perguntei assim mesmo. Mas eu já não sei se quero isso. É incrível porque eu passei anos sonhando com isso. Desde pequena quando ficava internada eu achava  que tinha que ajudar com alegria, mas eu já não sei se quero. Não sei.